
Levantou-se, na tentativa de se recompor de tudo aquilo que lhe estava a acontecer. Olhou bem fundo dos olhos dela: "Porque é que não me disseste? Porque é que não me fizeste lembrar?" perguntou-lhe, no meio de mais um aperto de lágrimas. "Percebi que não me reconhecias desde o primeiro dia que resolvi voltar ao nosso antigo final de tarde" respondeu ela, "A tua voz... a tua voz é a minha", disse ele "Pois, eu sei... mas é a única forma que tenho de falar contigo", "Tenho saudades da tua voz, do teu toque, de ti... de nós. Tantas...", "Eu também" respondeu ela, mantendo a mesma ternura no olhar. "Queria abraçar-te.. tanto, beijar-te até me doerem os lábios", continuou "Mas não pertencemos ao mesmo lugar. Tive muito medo enquanto decidia se voltava a ver-te, até porque todos me diziam que tu não me podias ver... mas eu não queria saber! Sempre acreditei que connosco seria diferente, que o nosso amor podia quebrar as barreiras do aqui e do agora, da vida e da morte. E estava certa.. Algo dentro de mim dizia que tu, nós, éramos diferentes e que nem a morte nos poderia separar." Ele já não tentava conter as lágrimas... apenas as deixava precipitarem-se num longo suicídio até ao chão.
f... esta m... está um espectáculo.
ResponderEliminarParece que já estou a ver um filme.