quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

No fundo de mim vivem uns bichos... uns bichos que se alimentam do que sobra. Dos restos da alegria que não desfruto, dos restos da tristeza que não me afecta, dos restos de tudo o que não consumo ou não me consome. Também eu sou um dos bichos no fundo de ti. Basta-me os teus restos para viver e ser feliz. Alguns podem chamar dependência... para mim é o que me mantém vivo e feliz. Todos somos bichos no fundo uns dos outros... alimentando-nos de sobras, e aproveitando para tentarmos ser um pouco mais felizes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Lá fora neva, mas aqui...



Lá fora neva, mas aqui apenas chove. O radiador a gás aquece o ar e impede a neve de se acumular aos pés do sofá, por isso quando quero ir à cozinha calço as galochas do meu pai, que já não precisa delas. São melhores que as botas de picos, que me magoam os pés e estragam a cerâmica do chão.
Tenho sempre o cuidado de enfiar as calças no cano (das botas de borracha), porque de outra maneira não faria sentido.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Chove

Lá fora chove... e aqui também. Não percebo bem como, nem porquê. Só sei que chove... gotas grandes e frias que escorrem pelas janelas da minha alma. Que me fazem frio... Não quero estar aqui mas também não tenho para onde ir. Sem sol tudo é mais difícil. E tu levaste o meu sol para bem longe de mim. Para um sitio onde já não o vejo. Apenas nuvens negras agora. E chuva...
Lá fora chove... e aqui também.

sábado, 4 de dezembro de 2010

D. Vininha, Augusto Naveira, a Buga

D. Vininha!!, agora que é uma seguidora assumida :-), olhe que eu costumo falar bastante de masturbação eheheh, infelizmente não posso evitá-lo eheheh, é a minha vida eheheh, eheheh, apesar de, nos últimos meses, já não sentir aquele desejo arrebatador a qualquer hora... como quando estou acordado, por exemplo... o que me preocupa seriamente...

Outra vez Augusto Naveira, o amigo secreto :-)...
Pessoalmente, estou convencido que Augusto Naveira entrou em combustão humana espontânea e que o seu corpo em chamas terá caído por cima do portátil (que estava aberto) e em cima da tecla "enter", o que terá causado acidentalmente o registo. Isto parece um bocado rebuscado, mas trata-se de Augusto Naveira...

A melhor parte do meu dia é no comboio, e depois no metro, e a seguir 1 km a pé, sem olhar para sinais a peões, ou a guinchos de pneus histéricos, a reler o espectacular livro que é “Papillon”... Mas, nos últimos dias, só tenho pensado numa coisa: tenho medo que a Buga morra… se fosse possível dar-lhe tempo, anos da minha vida a esta parva desta cadela!, quantos é que estaria realmente disposto a sacrificar?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

On Fire

Pois é caros amigos,o nosso blog está on fire, 4, repito 4 seguidores.
Obrigado D.Vina já não chegava aturar as nossas bebedeiras e a nossa parvoice física agora atura também a nossa parvoice escrita.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O sabor de viver!!!


"Os produtos alimentares e para alimentação humana, onde se incluem leites achocolatados e os refrigerantes como é o caso da Coca-Cola, passam a ficar mesmo de fora da lista de bens a sujeitar a uma taxa de IVA de 23%.
A lista é assim mais reduzida, mas os ginásios, os utensílios e outros equipamentos exclusiva ou principalmente destinados ao combate e detecção de incêndios vão ser mesmo alvo da tributação máxima." (in agenciafinanceira.iol.pt)

Ah caraças... podemos morrer todos queimados em fogos, mas pelo menos regalados com uma Coca-Cola bem fresquinha!!!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Será caso clínico?


"Daniel Carriço ainda acredita no título" (in publico.pt, 03.11.2011)

E eu... no Pai Natal!! E todos sabemos que ambos não existem...

Resta também saber as sequelas da mocada que o moço levou e que esta imagem tão bem ilustra!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Conan, o Homem Rã (by Irmãos Catita)

Escolha uma cadeira
Coma um pudim flan
Vai ouvir a historia
De Conan o Homem Rã
Conan o Homem Rã
Herói da Trafaria
Nascido sem mamã
Era filho de uma tia

Conan Conan Conan o Homem Rã
Conan Conan Conan o Homem Rã

A sua namorada
Era uma indonésia anã
Dizia a rapaziada
"Olha a miuda do Conan!"
Era debochada
Não tinha soutien.
Tinha a cona assada
De foder toda a manhã

Conan Conan Conan o Homem Rã
Conan Conan Conan o Homem Rã

Não fazia escolhas
Fodia com tudo
Estucadores e trolhas
Até um surdo mudo
Era pelos campos
Era pelas hortas
O pobre Conan
Já não cabia nas portas

Conan Conan Conan o Homem Rã
Conan Conan Conan o Homem Rã

Um dia pensou
"O que é que hei de fazer?"
"Fodasse já sei!"
"Vou comprar um fecho éclair!"
Enquanto ela dormia
Coseu-lho na vulva
Sem pagar portagem
Não passa aqui uma pulga

Conan Conan Conan o Homem rã
Conan Conan Conan o Homem rã

Foram lá escuteiros
Foram japoneses
Só os paneleiros
É que não eram fregueses
Era todo o dia
Sempre dentro e fora
E o Conan dizia "Crise.. Qual crise?"

Conan Conan Conan o Homem rã
Conan Conan Conan o Homem rã

Epah pôs-lhe um contador
Mesmo ao pé da greta
Fez-se milionário
Tornou-se forreta
Esta é uma história
Plena de sucesso
Não temos memória
De maior burgesso!

Conan Conan Conan o Homem rã
Conan Conan Conan o Homem rã
Conan Conan Conan o Homem rã
Conan Conan Conan o Homem rã

sábado, 23 de outubro de 2010

Ensaio - 1

Estás sentado. Um pequeno copo de vinho tinto à tua frente. A segunda garrafa a meio. Um olhar perdido para a janela, apenas um vidro te separa do céu cintilante. Um milhão de luzes captam a tua atenção. Olhas. Olhas...Não encontras uma única nova luz. Conhece-as de cor. Quando a vês entrar pela pequena porta desse silencioso e velho restaurante, suspiras. Um pequeno vestido preto a cobre. Um decote que apenas tapa, por pouco, os seus mamilos. Um andar seguro. O seu corpo pára mesmo à tua frente. Sem qualquer palavra senta-se. A sua sensualidade é evidente pela forma como se senta. Assistes, totalmente inerte. Reparas imediatamente nos seus seios, voluptuosos, apenas tapados por esse desconcertante decote. Umas pernas maravilhosas e longas que se cruzam de uma forma lenta e arrastada.
- Olá, venho-te buscar. - Disse-te.
Apenas olhaste, sereno, para ela e disseste: - Eu.
- Sim. Anda. Acabou.
Tocou-me na mão. Senti-me sem forças. O meu corpo deixou de reagir aos meus impulsos.
Nunca pensei que tivesse chegado a minha hora. Não podia ser. Quero ficar: quero ainda dar; receber; amar; beber; ler; rir; abraçar; VIVER...
- Agora. - Gritaste
- Sim, vem. Não sentes nada. - Calmamente ela te disse.
- Não sentes nada. - Ouviste novamente.
Foste. O último dia.
Não deixaste nada. Nada. Ninguém sabe porque foste. Simplesmente abalaste.
Acabou.

Despeço-me com amizade
SAF

sábado, 9 de outubro de 2010

Abandono



Hoje eu e o Nuno Castro estivemos a fazer a contabilidade do blog e descobrimos uma situação de desamparo preocupante. Três (!) post's em Setembro e Agosto, dois (!!) em Junho, o último post do China data de Maio, o Bruno e o Nuno, pronto, lá vêm dar um ar da sua graça, mas isso é raro, além de que as intervenções são sempre muito brandas e nunca existe lugar a polémicas, o que até animava... Resto eu, que segundo o Nuno Castro "se formos a ver bem, tu és o grande dinamizador do blog, não só pela frequência com que publicas mas também pela profunda riqueza das tuas palavras". Por acaso, até julgo que o Nuno Castro não falou, não interessa, eu ouvi estas palavras dentro da minha cabeça com a voz dele, e isso significa alguma coisa. 

Assim, já que o blog é practicamente meu, peço-vos que de futuro, sempre que queiram publicar qualquer coisa, que a enviem para o meu mail a submeter aprovação. Não é que vá reprovar seja o que for, mas quero ter essa opção. Além de que é um sinal de respeito.  

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eu sabia que devia ter ido com o Grande e com a João

"Dra. Juíza, boa tarde, primeiro que tudo quero dizer que é a primeira vez na minha vida que estou numa sala de tribunal e que estou profundamente arrependido e envergonhado por me ter colocado a mim próprio numa situação destas. A verdade é que só posso culpar-me a mim disto tudo. Eu vinha da casa de um casal amigo meu, eles finalmente conseguiram ter um bébé, estávamos todos contentes e se calhar exagerámos na forma como comemorámos; bebemos vinho à refeição, eu por acaso até acabei por comer pouco, mas quando me vim embora sentia-me bem, só que a meio do caminho decidi que se calhar era melhor não arriscar atravessar a ponte, porque eu moro em Lisboa, e decidi voltar para o centro sul e ir dormir a casa dos meus pais, que moram no Laranjeiro. Acontece que ao entrar na rotunda do centro sul não vi nenhum carro e por isso não respeitei o sinal de perda de prioridade, e acabei por empurrar o carro dos senhores agentes para a outra faixa. Foi quando eles me mandaram parar."

Então, que tal? Vou apresentar isto dia 18 de Outubro no tribunal de Almada.  Espero que pareça sincero e arrependido porque vou tentar atirar-me para a coima mais baixa: 200 euros. Nem quero saber quanto tempo vou ficar sem carta, tenho ainda de pagar outra multa de 370 euros por não ter BI, carta de condução, inspeção periódica e selo. Pronto, tinha os documentos do carro e o Lisboa Viva - eles até ficaram a olhar uns para os outros, quando lhes dei o passe para as mãos... Ah, e tinha 1,88 gr de àlcool quando me enfiaram no carro patrulha e me levaram para a esquadra do Pragal onde passei as 4 horas seguintes enfiado numa sala. Depois tive que vir a pé, e descalço, até ao centro sul (o meu carro ficou junto ao campo do Piedade), porque a essa hora já não havia metro e porque as chinelas do meu irmão me magoavam entre os dedos dos pés. Vim grande parte do caminho pelo meio dos carris do metro, aquilo é relvado e não custa tanto a andar, só não contei foi com os aspersores, o que foi pena,  porque cheguei cá a baixo com os papéis das multas e das intimação para o tribunal todos encharcados, grande parte até já estava desbotada...

Na 2ª feira estive O DIA TODO no tribunal, entrei para lá às 9h30 e só me nomearam uma advogada já passava das 16h, mas entretanto o sistema informático foi abaixo e lá adiaram a audiência para Outubro.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Apenas por interesse



Estava cá a pensar: como nenhum de vocês demonstrou ainda pesar ao Vasco pela morte do pai, então é porque não têm interesse nisso. Pois é natural e não devemos encará-lo de maneira diferente. Por exemplo: quando o pai do Rui/Pedro morreu já houve interesse. Pronto, não existe nada de errado nisto. O pai do Rui/Pedro morreu, havia interesse, e vocês estiveram presentes; o pai do Vasco morreu, e como não havia interesse nisso, também é normal que o desejo de saber o número dele (para um simples telefonema) não surja.

E depois temos o Nuno Castro, que não tem interesse por quem morre.

sábado, 4 de setembro de 2010

Melhor ainda era voltarmos a formar a banda mas chamavamo-nos MASTURBADORES, faziamos um album " MASTURBAÇÃO FATAL " com o seguinte alinhamento:

1 : Masturbação (instrumental)
2 : Vou-me mastrubar
3 : Masturbação irreal
4 : Apetece-me masturbar
5 : E tu... masturbaste?
6 : Masturbação virtual
7 : Vida sem masturbação
8 : Masturbação perdida
9 : Masturbação II (instrumental)

Assim uma cena diversificada para não estarmos sempre a falar da mesma coisa.
Obviamente que o sucesso era garantido o que iria dar origem ao DVD

"Masturbação ao Vivo em Amsterdão...duas vezes"



P.S. o china é que pedio para fazer um post do comentário

domingo, 29 de agosto de 2010

Vamos com isto para a estrada?


Decidi fazer algo que nunca experimentei antes: masturbar-me no elevador do prédio dos meus pais, sem o bloquear entre pisos. Desta vez a idéia é andar para cima e para baixo, perceber como reajo à pressão de ser apanhado pelos vizinhos, ou até pelos meus pais, e quantas viagens preciso até à conclusão. Não, não! Estava a gozar! Depois de ler o post do Bruno decidi escrever um poema - para ser musicado e depois tocado por uma banda.

Traídores,
braços que prendem
outros braços

Então, que tal? É um haiku, um poema tradicional japonês com 3 linhas, mas pronto, fui eu que fiz, o que é que acham? Consegue-se arranjar 1 acorde aqui? Pode ser... ? E a seguir? Lança-se o single e vamos com isto para a estrada?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Branco no preto

Sentado na estrada, em pleno asfalto
Sinto o calor que me chega do alto
Olho os traços, o branco no preto
O que eu fazia para te ter por perto

Sem carros, vazio, sem movimento
Assim sou eu, neste sono lento
a que chamam vida, tantas vezes perdi
que quando ganhei, nem sequer percebi

O sol desce, lá longe no fundo
e o escuro frio, invade o meu mundo
A noite a chegar, e tu sem mim
Morri mais um dia, tão longe de ti

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Balanços


Sinto vontade de olhar 38 anos para trás e de fazer um balanço. Mas que resultados teria ao antecipar um balanço em dois anos? O que ganharia eu com isso? Não sei, tenho medo de tentar. É melhor continuar a fazê-los de dez em dez anos. É mais seguro. É o meu sistema.

10 anos (1º balanço) – Percebi que não sabia fazer balanços. Comecei a chorar, a pensar que tinha desperdiçado os primeiros 10 anos de vida. Isso marcou-me profundamente. Por isso decidi passar os próximos 10 anos a aprender a fazer balanços.

20 anos (2º balanço) – Enquanto outros rapazes da minha idade jogavam à bola na rua, divertiam-se, conheciam raparigas, eu passava os dias recolhido no quarto a ensaiar balanços. Quando chegou o dia do meu aniversário (o dia do balanço) logo pude concluir que a história dos balanços impedia o meu desenvolvimento normal. Comecei a chorar, a pensar que tinha desperdiçado 10 anos da minha adolescência. Isso marcou-me profundamente. Por isso decidi passar os 10 anos seguintes a tentar não pensar muito em balanços.

30 anos (3º balanço) – Como consequência dos 10 anos perdidos, e apesar das minhas tentativas, não consigo integrar-me em lado nenhum. Encontro-me com 10 anos de atraso em relação às outras pessoas da minha idade, tão sem densidade, tão etéreo que pareço atravessar a matéria da realidade... e começo a chorar, a pensar que já são 30 anos a desperdiçar a vida por causa do 1º balanço.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O dia

Amanhã é outro dia, pensa ele. Passa as noites acordado, assim. O corpo expatriou o descanso. O sono é sacrificado à espera aflita, a alma a horas de infindável padecimento. Sente cada segundo, todos os segundos: agulhas em brasa, cada minuto como um ferro em brasa, sádicos, a cauterizar a ansiedade do espírito triturado pela espera. Finalmente, o dia chega. Mas está exausto, está cansado demais. Não consegue levantar-se. Não consegue levantar-se e adormece. Amanhã é outro dia, pensa ele.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Determinação e força de vontade

Queria morrer e decidiu acabar com a vida. Contudo, o último acto não podia ser leviano. Uma pessoa não pode matar-se como se não se importasse com mais nada. Então e a imagem? Não queria que os outros pensassem que tinha problemas. Nada de precipitações, portanto. Bons suicídios requerem planeamento, semanas de planeamento e de ansiedade, claro, mas era assim que tinha de ser feito. Não ia desistir; não era dos que desistiam. Nunca o fez e não era logo agora que ia começar. Preferia morrer, a desistir de acabar com a vida. Simplesmente não conseguiria viver consigo próprio.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Do outro lado da rua...

Não consegui evitar o comentário. Deveria vir no mundo da lua...nabo; como muitos outros que provocam o caos e a desorganização no espaço por onde circulam. Beliscam e atrofiam a vida dos outros com o seu desleixo. Abutres.
Conheço muitos como este, aliás sou um observador atento da condição humana. Consigo odiar: todos os gestos, opiniões, olhares, os contactos - consigo odiar. Consigo odiar tudo e todos: os cheiros, os risos, os tiques...os olhares, os contactos. Consigo odiar: as ruas, as lojas, os passeios, as enchentes, os olhares...e os contactos. Não sei se sempre fui assim, mas sei que sou assim. Muitas vezes sento-me onde estou, apenas para odiar tudo e todos; tal como estou a fazer ao condutor que embateu agora contra aquela senhora. Será que ele também odeia? Será que a senhora odeia? Eu odeio-os. Odeio o amor e o que ele provoca - a cegueira. Cegos. Todos são cegos. Já fui. Agora vejo e odeio. Será que aquele condutor vê?

sábado, 22 de maio de 2010

A urna das segundas oportunidades

O caixão é simples: só cabe uma pessoa. É de madeira corrida e está bem construído, um caixão para a vida, à sua medida, o suficiente para um homem solteiro. Afinal, para quê mais? Nenhum dos seus amigos tem um caixão, ninguém que ele conheça tem um caixão. Sentiu necessidade de um espaço só para si. Queria abrir-se para o mundo. Imaginava levantar a tampa da urna todas as manhãs, fingir um milagre: "afinal não estou morto!" - acima de tudo, detestava sentir-se morto. Por isso, comprou um caixão em Lisboa.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A minha seleção de renegados

Após analisar as escolhas do Professor decidi fazer a minha seleção com os jogadores que ficaram de fora, então aqui vai:
GR - Quim
Def. Dir. - Ruben Amorim
Def. Esq. - Cesar Peixoto
Def. Cen - Nunes
Def. Cen - Manuel da Costa

Aqui nos centrais existe de facto uma certa dificuldade em escolhar pois tudo o que era central foi convocado.

TRINCO - Petit
Med. Dir. - Manuel Fernandes
Med. Esq.-Maniche
Num 10 - Carlos Martins

Avançado - Nuno Gomes
Avançado - Makukula

E ainda como suplentes
Hilário, João Pereira, Ricardo Rocha, João Moutinho, Quaresma, Nuno Assis e João Tomás.


Isto só prova que estamos praticamente iguais aos brasileiros que podem fazer duas seleções competitivas.


Somos os maiores.

Ouvi do outro lado da rua alguém dizer...

Meti-me no carro, ainda afundado em lágrimas. Quem disse que um homem não chora? Arranquei, com os pneus a deixarem marcado a negro, no chão, o que me ia na alma. Não queria pensar em mais nada, queria fugir, desaparecer, mas o peso do que o destino me tinha guardado pesava-me. Enxuguei as lágrimas com as mãos e abri o porta-luvas à procura de um lenço de papel quando encontrei o envelope. Dizia "para ti", simplesmente... O coração gelou-me por completo. Era ali... era ali que estariam as justificações, os relatos, os ferros que me marcaram bem lá no fundo, para sempre. As lágrimas como que secaram, as mãos tremiam-me ainda mais, e sem perceber muito bem como, embati contra o carro que circulava à minha frente. "Merda!! Merda!! Mil vezes merda!!! Só me faltava mais esta!!" pensei enquanto abria a porta. "O senhor viu o que fez?!?" exclamou a mulher à minha frente. Se ao menos ela soubesse o que eu estava a passar, "Oh minha senhora..." gaguejei. "E ainda dizem que as mulheres é que são umas nabas ao volante!!" ouvi do outro lado da rua alguém dizer...

Oh Senhor?! Então não quer o número? - outro lado ainda

Não tive coragem. Mudei de número. Sem despedidas: sem abraços; sem beijos; sem choros; ou saudades. Simplesmente disse:
- Basta.
Apenas uma carta: "...até sempre. Beijos." escrevi sem emoção.
Deixei a carta escondida com vergonha que a encontrasses. Pode ser que um dia a encontres. Espero estar longe. Estava demasiado: próxima; envolvida; irracional. Não posso envolver-me. Tenho que seguir. Não posso perder a razão. Tu conseguiste algo que outros foram incapazes de lograr.
Tive que o seguir. Não faz perguntas, não me faz sentir culpada do uso do meu corpo. Apenas necessito de um local seguro para voltar, de algum carinho e estabilidade.
Apenas quero ir, sem complicações, sem elos. Apenas quero ir sem que o meu ritmo cardíaco aumente. Apenas quero ir sem...sem ti.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Oh senhor?! Então não quer o número? - o outro lado.

- Já não mora aí ninguém - disse-lhe eu - foram-se embora há uns tempos atrás. Ele voltou-se e olhou-me como se eu fosse um velho. Pareceu-me logo um idiota. O mais parvo de todos os parvos que já ali apareceram. Um fraco de corpo e de espírito. Um imbecil ainda maior que o marido dela... – Por acaso, não sabe para onde foram? - …este estúpido e feio homenzinho… porque razão é que esta gaja só atrai maricas destes?... - Para o Norte – menti-lhe - foram para o Norte, é o que dizem, mas é natural, com a promoção dele e tudo… - e depois, por me ter olhado daquela maneira: “E ela foi com ele, claro!”. O panisgas ainda disse qualquer coisa, não percebi bem o quê, e maniatado pela desilusão começou a arrastar-se escadas abaixo. Disse-lhe que tinha o número deles, perguntei-lhe, no gozo, se o queria, mas ele desistiu logo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Oh senhor?! Então não quer o número?

"Já não mora aí ninguém!" ouvi uma voz por trás de mim. "Já não?" devolvi enquanto me virava para a voz. "Não! Foram-se embora já faz tempo..." continuou a voz que agora tinha uma cara, uma expressão já gasta pela erosão da vida. "Por acaso não sabe para onde foram, não?!" perguntei sem esconder a desilusão que me invadia o peito. "Pois.. olhe... não sei. Diz que ele foi promovido e que teve de se mudar lá mais para o norte. E ela foi com ele, claro!". "Claro?!?" pensei... "Claro o quê? Ela prometeu-me que não iria com ele se este momento chegasse!! Ela disse-me que eu era tudo para ela, que o futuro seria feito por nós os dois, juntos... ". "Ah, ok.. pronto!" respondi, já com o olhar pregado no chão do caminho que me iria devolver ao carro. "Mas espere lá que eu acho que ele me deixou aqui um contacto qualquer... por causa do correio ou de alguma coisa que fosse preciso". O que é que eu ia fazer com o número dele? Não lhe ia ligar com certeza... quer dizer... podia ligar, disfarçava a voz ou assim. Já vi nos filmes como se faz. Usam uma toalha. Mas não... Se ela foi com ele é porque o seu caminho já não é o meu. Partilhámos a mesma alma, o mesmo suor, a mesma saliva, tantas vezes a mesma cama, mas agora já não temos nada em comum. Eu devia ter percebido. A ausência de notícias. O telefone sempre desligado. E por fim dizerem-me lá do trabalho "Ah, ela já não trabalha aqui. Posso ajudar?". Como é que podem ajudar? Desci as escadas enevoadas pelas lágrimas que me salgavam a cara e fechei a porta da rua. Ainda ouvi, lá em cima, um distante "Oh senhor?! Então não quer o número?"

sábado, 8 de maio de 2010

Madrid

Olá amigos, ou melhor, Hola! :-)

Estou em Madrid com o meu irmão, estamos a gostar bastante de andar por cá, tanto que temos falado um com o outro e estamos a pensar não voltar. Talvez um dia mais tarde. Quando estivermos bem de vida e obtivermos sucesso absoluto em tudo o que fazemos, voltamos para um fim-de-semana em Agosto. Entretanto vamos precisar de dinheiro. E de comida. E de roupa. Será que alguém pode entrar em contacto com a minha mãe? Precisamos dela.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Coisas do Google...

Se pesquisarmos no Google por "os cinco amigos" a 1ª página de resultados não vem dar ao blogue... mas se passarmos à 2ª página de resultados, o 3o é:

O Google tem preferências muito estranhas....

terça-feira, 27 de abril de 2010


DESAPARECIDO


Foi à precisamente um mês a sua última participação no blog para votar em Nuno Gomes como melhor avançado que se lembra de ver jogar no Benfica, por isto devemos concluir que já estaria um pouco senil na altura.
Se tiver informações sobre o seu paradeiro é favor comentar.



Obrigado a todos, hoje somos nós, amanhã poderá ser você.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

Subir na vida...


Esta semana mudámos do quarto para o nono piso... A vista melhorou consideravelmente!

Quase que consigo ver o meu apartamento, mas pelo menos o Dom está ali... imponente no resto da paisagem!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ponta de Lança




A nossa equipa está quase.
Escolhi para a votação dos avançados todos os que me lembro que fizeram mais de 20 golos numa época.
Se alguém se lembrar de mais alguém, diga.

terça-feira, 9 de março de 2010

Barradeespaços

Aminhabarradeespaçosavariou.Istoassiméumachaticeparaescrever...maspioréparaler.Nãosepercebenadadoqueestáaquiescrito.Masquemsabenãolançoumnovoestilo?OSaramagonãoescrevesempontuaçãoecomvirgulasàbrava?Pronto!Euescrevosemespaços!Pelomenosatéaminhabarradeespaçosserarranjada!!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Agora sim, estou convencido.




Depois deste jogo da nossa seleção com a China (essa potência) e a magnífica vitória por 2-0 com um golo de contra-ataque e uma carambola, fiquei finalmente convencido.
Já não tenho dúvidas que vamos chegar a Africa do Sul e proferir uma célebre frase de José Torres, não, não o " Deixem-me sonhar" uma mais actual que é " O que é que eu estou aqui a fazer?"

Até uma próxima.

P.S. Esta última piaducha até é de mau gosto mas é sempre melhor piaduchas de mau gosto com pessoas que não se conhecem do que sobre os nossos próprios amigos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Então?

Desistiram do blogue? Foram-se embora e ninguém me disse nada, é isso? Existe agora um blogue chamado "Os Quatro Amigos"? Onde fica? Posso ser um seguidor? Posso ir lá comentar?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ensaio

A cabeça do senhor Costa é um cubo de seis caras. Cada face corresponde a uma emoção simples, mas apenas quatro delas são visíveis. A face onde o pescoço entra é confusa demais e a de cima desapareceu lentamente ao longo de anos de exposição ao sol. Como não consegue voltar o pescoço o senhor Costa caminha sempre zangado. As pessoas do bairro já o conhecem e sabem que é preciso deixá-lo passar para o verem com outra cara. Muitas vezes é abordado na rua por desconhecidos que andam em seu redor incrédulos. Gosta que girem á sua volta, mas é incapaz de mostrá-lo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Naquela noite


Naquela noite o tempo parou
Enquanto a lua durou
Naquela noite, junto ao mar
Os sonhos pareciam nunca acabar
A areia fria, no teu corpo quente
Estranho contraste de neve ardente

E eu contei-te viagens que nunca tinha feito
E tu só querias escutá-las junto ao meu peito
Naquela noite, junto ao mar
Fizemos promessas que o tempo não vai apagar

Naquela noite o tempo parou
Enquanto a lua durou

Naquela noite...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Oportunidade sem igual!!!

"Mineiros em greve por aumento de subsídio"
in AgenciaFinanceira (16-02-2010)

Sérgio... podes beber à vontade! No outro dia, não vão haver picaretas!!!

OVAE (2ª história paralela, parte 15)



(este podemos fazer em flashback)


De maneira que, como se consegue perceber até aqui, esta seria a sua última migração. Queria, por tudo o que já se disse, cumprir a última viagem, tocar com uma pata no chão, dizer "Migração! Migração!", e partir o pescoço ao aterrar.


FIM

OVAE (história paralela, parte I)



Era uma vez um pato que voava nas nuvens. Ao longe não se percebia, mas o pato tinha uma máscara de Zorro na cara. Voava dois níveis abaixo da cabeça da formação e era o conselheiro do líder para conselheiros do líder. Todos os outros patos que voavam acima dele, excepto o líder, eram conselheiros do líder. Os patos que voavam ao seu lado e os dos níveis inferiores também eram conselheiros do líder. O líder não sabia o caminho. Os conselheiros rivalizavam numa guerra suja de poder e isto prejudicava as migrações, pelo que o líder cada vez que tinha dúvidas sobre algum conselheiro, consultava-o. Isto não passou despercebido aos abutres. Seguiam a migração ao longe e conseguiam perceber a inveja crescente dos conselheiros do líder para com o conselheiro para os conselheiros do líder. Era uma morte anunciada. Só não percebiam porque razão aquele pato usava uma máscara de Zorro, talvez para ocultar que era o conselheiro para os conselheiros, mas isso não fazia qualquer sentido. (...)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

OVAE - parte VII

Ele não sabia o que era o futebol, mas era do Benfica desde pequenino. Não percebia a razão pela qual desde a infância sonhava ir ao estádio ver o glorioso jogar, mas era uma coisa que guardava só para ele. Era o seu segredo. A sua mãe para o proteger fizera-o jurar ainda em criança: "Bico calado. Nunca digas a ninguém aquilo que és, não o reveles a ninguém, nem mesmo aos teus irmão, a mãe ama-te á mesma, mais ainda se isso for possível, mas ser do Benfica não é natural nos patos" Para que lugares seriam aqueles bilhetes? Se fossem para os camarotes estava disposto a lutar por eles. Ou melhor, a lutar por um bilhete. Não ia lutar por três bilhetes para depois ir ver o jogo sozinho. O futebol não é natural nos patos. Ele próprio receava, mesmo na eventualidade de conseguir um, não saber o que fazer com ele. (...)

O que faz uma pequena omissão



"Aquilo que mais oiço dos adeptos é: Tenha coragem e vá em frente."
By Carlos Carvalhal (in MaisFutebol 11-02-2010)

O nosso blog teve acesso na íntegra ao que os sócios e adeptos do Sporting diziam.. e afinal era:
"Diriga-se ao Espichel, tenha coragem e vá em frente."

Outra vez a escola (Parte VI)


No exacto momento em que se preparava para gritar novamente "Águias Águias Águias! Águias Águias Águias! Águias Águias Águias!", tendo em mente que o teria de fazer uma vez mais, acabou por reparar que uma das águias lhe era familiar. Era Vitória! A águia do Benfica!!!! Ah que felicidade percorreu o seu corpo! Como era bom estar próximo de uma celebridade que, quinzenalmente, levava a cabo tamanha façanha num estádio lotado de fanáticos adeptos vestidos de vermelho! E nas patas, todas traziam bilhetes para o próximo jogo! Como estava feliz!!! Ia poder, finalmente, satisfazer um dos seus desejos de meninice: Assistir a um jogo do glorioso "in loco"! (...)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Outra vez a escola - 4ª parte



"Pato Pato Pato!", pensa ele três vezes para si próprio. "Pato Pato Pato!", "Pato Pato Pato!", repete depois duas vezes. Porque tem de ser duas repetições, mais a primeira, para dar três vezes. Agora é tudo assim, três vezes. A segurança nunca é demais. Claro que o desgaste físico e mental de uma compulsão desta envergadura é por demais evidente, mas fazer o quê? Não pode arriscar. O episódio do sino mostrou-lhe que andava a brincar com a própria vida. Neste momento está em pleno voo, ao triplo da distância que normalmente mantém do resto do grupo, quando de repente três águias vindas do sol começam a picar sobre o bando. São excelentes naquilo que fazem, o bando não consegue vê-las.

Águias Águias Águias! Águias Águias Águias! Águias Águias Águias!

Não diz isto três vezes por serem três águias, mas o facto de serem três águias é muito agradável e proporciona-lhe enorme conforto. De qualquer forma, está muito longe e os outros não conseguem ouvi-lo. Deve gritar novamente? Se o fizer será a segunda série, ou seja, isso significa que terá de haver uma terceira, é vital para a sua segurança que isso aconteça. (...)

Tudo proibido!!!

"Parlamento Europeu defende proibição do comércio internacional de atum rabilho"
10.02.2010 in PÚBLICO

Ao que o nosso blog teve acesso estão também na calha proibições de comércio internacional para o choco traveca, o robalo larilas e o linguado maricon.

Outra vez a escola (Parte IV)

Até porque isso já tinha acontecido uma vez... numa tarde fria de inverno, uma única vez em que se distraiu e levantou voo, voltou para trás, voltou a levantar voo e... deixou-se enfeitiçar pelo brilho dourado das penas do dorso da pata que voava a poucos metros da sua asa esquerda. Era sublime! Tinha o vigor de uma águia e a graciosidade de uma gaivota. Planava e sorria para ele. Lentamente o sorriso transformou-se num riso trocista, do qual só percebeu depois o motivo. E essa tomada de consciência chegou-lhe em forma de sino. Tinha acabado de chocar contra o sino da torre da igreja, e acabou esse voo de forma desamparada, despenhando-se violentamente contra o chão. Não conseguiu voar durante alguns dias... e nunca mais confiou em mulheres... ou melhor, em patas! E nunca mais voou sem descolar três vezes!!! (...)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mau ambiente II

Eu nem sei bem o que é que estão para aí a dizer, mas não acham que estão a ser um bocado estúpidos? Afinal o que é que estão para aí a falar? Porque é que de repente estou a receber com a artilharia pesada? É que começo lentamente a ficar preocupado, então esta agora do China foi demais!, por isso queria mesmo muito saber o que é que viram ali que eu não coloquei lá. Porque só podem estar a descontextualizar e a distorcer alguma coisa/tudo o que eu disse, mas não é possível que seja tanto, por isso eu devo ter dito alguma coisa, então digam-me concretamente o que foi porque eu não faço a miníma idéia de que merda é que vocês estão para aí a falar e já começo a ficar com macaquinhos na cabeça!


P.S - É claro que não vou apagar. Agora tenho de mostrar ao Grande/João esta confusão toda!

O suicídio

É uma sorte estar vivo. A esperança de iniciar um grande dia era grande. Levantei-me, e a vida sorriu-me logo, não com um beijo da minha linda mulher mas com um saboroso aroma a Friskies: borrego; vegetais: um rabo, energeticamente basculante e uma lambidela - Joana, a minha cadelinha.
Assim que coloquei os pés fora da cama liguei a TV, à sorte. O canal que me calhou foi a TVI. Enquanto me lavava, com pedra pomes, as peles mais envelhecidas caíam a um bom ritmo - é o peso dos trinta e tal anos. Assim que cheguei ao quarto, o que pensava ser uma cópia do quadro: Guernica: logo vi que era o meu corpo no espelho. O dia começava bem. Quando, finalmente, esqueci aquela visão dantesca, começava o programa: Você na TV: o máximo de 15 dentes na audiência; 4 próteses; todos viúvos; apenas um pulmão por pessoa; 25 Kg em pedras nos rins; e cerca de 150 metros a menos de intestino: este era o inventário da assistência...ah!!! e 7 sacos, cheios.
Um dos convidados tinha sete filhos: dois transexuais; uma meretriz; um pisou uma mina em Angola, contava apenas meio filho; o outro meio tinha pisado uma mina na Nigéria; dois drogados; um em coma, depois de ter sido atropelado pelos dois meios filhos, no carro do pai - um guiava e outro tocava nos pedais, uma dupla perfeita (acabámos de receber a notícia que são apenas seis filhos...não resistiu à jante no baço). Pumba!!! Saí logo animado. Cheguei ao carro liguei o rádio na M80. Logo me deparei com o som de: Killing me softly. Conduzi, sempre com medo de um camião desgovernado na minha direcção. Safei-me, cheguei ao meu destino - o Café. Nada me aconteceu nesses momentos. Um momento: meu; calmo; paz; silêncio; felicidade: consegui usufruí-lo na totalidade, apenas o detalhe da chuva e do granizo estavam a desconcentrar-me daquele momento.
Cheguei a casa já após a hora do almoço. Por infortúnio liguei a televisão. A luz de várias cores que emanava da TV, chegava ao meu olhar sobre a forma de uma novela, denominada: Mulheres Apaixonadas. A história é simples: dois episódios felizes (o primeiro e o último); duzentos e trinta e oito episódios de traições; sofrimento; infelicidade; maus actores; e beijos com a língua na traqueia de cada humano: eu apanhei um dos episódios do meio, sem a parte da língua na traqueia. Quando dei por mim estava na cozinha com uma faca de serrilha encostada ao pescoço; despertei após um pequeno gás da minha cadelinha. O aroma era igual ao emanado de manhã. O mesmo aroma a Friskies: Borrego e Vegetais.
As férias continuam...

Ainda falta o programa - Vida Nova - com a Fátima. Hoje é sobre pessoas obesas que estão infelizes, sozinhas... Ah! o Cláudio Ramos continua no programa...vivo.
A infelicidade continua.

Despeço-me com amizade
SAF

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mau ambiente


Alguém reparou ontem no Grande e na João, em como estavam chateados? Provávelmente não, eles foram muito discretos, mas eu fui no carro com eles e como a mim ninguém me engana consegui perceber alguma coisa. Para já não estavam tão entusiasmados com o jantar como eu estava, estavam os dois muito silenciosos e quando perguntei o que é que se passava com eles o Grande respondeu que era fim da semana e estavam cansados. Eu achei natural e compreendi, mas mais á frente aconteceu uma coisa e eu fiquei a pensar se seria só cansaço. Foi quando a João disse "Podes por favor baixar um bocado o volume do rádio? Obrigado." Eu sei, isto parece normal, mas primeiro achei aquilo de uma boa educação extraordinária, uma cena demasiado polida, carregada de formalismo, quase protocolar, e depois houve qualquer coisa no tom, na forma como a João disse aquilo, não sei explicar, porque a mim pareceu-me ouvir "Podes por favor baixar o volume do rádio seu pai de merda enquanto eu que realmente me preocupo vou aqui atrás com a nossa filha a dormir? Obrigado." E na festa, quando perguntei ao Grande se estavam chateados, ele sorriu e não me respondeu. Se é para trazerem esta merda de ambiente para o jantar dos outros, porque é que não ficam na casinha deles?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Outra vez a escola - parte III



Este ligar e desligar do interruptor, esta desordem comportamental que os outros patos observavam, estas súbitas mudanças de humor que ninguém compreendia, tudo isto revelava uma profunda bipolaridade. Nunca antes se ouvira falar de bipolaridade em patos, mas a verdade é que estava ali um pato que não só era bipolar como também sofria de um distúrbio obsessivo-compulsivo. E isso era especialmente notado ao levantar voo e voltar para trás, levantar voo e voltar para trás, levantar voo e voltar para trás, pois se não o fizesse três vezes... não, não devia pensar nessa possibilidade. (...)

E Passado algum tempo





Ora então aqui está a sequência do meu projecto. Para os mais esquecidos as duas primeiras imagens já têm algum tempo.
Agora que estive um mês em casa deu para ir fazendo qualquer coisita.
A terceira imagem é como está agora e a quarta apenas coloquei as peças por cima para ver como ficava, enfim, paneleirices.

Até uma próxima