quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Outra vez a escola (Parte IV)

Até porque isso já tinha acontecido uma vez... numa tarde fria de inverno, uma única vez em que se distraiu e levantou voo, voltou para trás, voltou a levantar voo e... deixou-se enfeitiçar pelo brilho dourado das penas do dorso da pata que voava a poucos metros da sua asa esquerda. Era sublime! Tinha o vigor de uma águia e a graciosidade de uma gaivota. Planava e sorria para ele. Lentamente o sorriso transformou-se num riso trocista, do qual só percebeu depois o motivo. E essa tomada de consciência chegou-lhe em forma de sino. Tinha acabado de chocar contra o sino da torre da igreja, e acabou esse voo de forma desamparada, despenhando-se violentamente contra o chão. Não conseguiu voar durante alguns dias... e nunca mais confiou em mulheres... ou melhor, em patas! E nunca mais voou sem descolar três vezes!!! (...)

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