sábado, 22 de maio de 2010

A urna das segundas oportunidades

O caixão é simples: só cabe uma pessoa. É de madeira corrida e está bem construído, um caixão para a vida, à sua medida, o suficiente para um homem solteiro. Afinal, para quê mais? Nenhum dos seus amigos tem um caixão, ninguém que ele conheça tem um caixão. Sentiu necessidade de um espaço só para si. Queria abrir-se para o mundo. Imaginava levantar a tampa da urna todas as manhãs, fingir um milagre: "afinal não estou morto!" - acima de tudo, detestava sentir-se morto. Por isso, comprou um caixão em Lisboa.

3 comentários:

  1. Eh pá... pelo que ouvi dizer um caixão é bem maior que a tua casa!! Não percebo a comparação...

    ;-)

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  2. lol, já sabia! isto não é sobre mim, não era para ser sobre mim, não era para ser uma metáfora, mas eu percebo porque é que acabou mais ou menos por ser :-) o texto não me saiu bem, se fosse hoje não tinha publicado...

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  3. Achas que dá para fazer lá o jantar de machos? eh!eh! bjs meus amigos

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