quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Encontros (Parte V)


Entrou na carruagem, sentou-se ao lado de onde ela se costumava sentar e esperou. Estava entusiasmado... sentia uma inebriante excitação juvenil, como uma criança que espera as 12 badaladas para abrir um presente na noite de Natal. Olhou em volta... nada! O vazio preenchido por desconhecidos, não deixando de ser vazio. Onde estás?, pensou. O comboio deixou a estação, e o desespero apoderou-se de si. Porque é que ela não estava? Logo hoje que tinha tomado a decisão de lhe falar... logo hoje... Será que se tinha sentado noutra carruagem? Levantou-se, percorreu o comboio de trás para a frente e vice-versa. Nada! Voltou a sentar-se, cabeça entre as mãos, triste, angustiado, olhos rasos de lágrimas. Como é que uma estranha, uma desconhecida, o podia afectar desta forma? Não sabia responder, mas podia... e afectava! E para si ela era já tudo menos uma estranha.

1 comentário:

  1. está um espectáculo...estou cada vez a gostar mais. Agora como é que vais sair desta?

    abraço

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