
Os dias que se seguiram encheram-no de desespero e frustração. Andava perdido, à procura não de se encontrar, mas de a encontrar a ela. Lá fora o tempo aquecia, e algumas árvores deixavam adivinhar alguns toques de verde nos galhos secos e castanhos. O branco que cobria o horizonte ganhou outra cor, e o sol, ainda envergonhado, espreitava agora menos timidamente por entre as nuvens. Apanhava comboios antes e depois, com destinos diferentes, na tentativa de a voltar a encontrar. E nada!
Um dia, sem que nada o fizesse esperar, lá estava ela, sentada no lugar de sempre, a olhar para a rua, parecendo deixar-se envolver pela cor que agora pincelava a paisagem. Teve de se conter para não correr para o lado dela. Respirou fundo, caminhou com calma mal disfarçada, e sentou-se mesmo à frente dela. O sorriso que recebeu em troca aqueceu-o mais que todos os raios de sol que brilhavam lá fora.
Acabei por não perceber bem se já tens isto tudo escrito, mas porque é que não publicas todos os dias em vez de intervalares com 2 ou 3 dias? E há outra coisa que tenho que dizer, esta mais grave, se é que estou a perceber bem a história, e que me anda o moer o juízo, porque eu aindo engulo que eles apanhem sempre a mesma carruagem, mas haver sempre lugares convenientemente disponíveis no comboio... ainda para mais em hora de ponta!...
ResponderEliminarTenho o script feito, claro. Os posts vou fazendo quando me apetece.
ResponderEliminarQuanto ao combóio... onde é que é passada a história? Sabes lá se não há lugares com'ó catano? Por exemplo aqui na Holanda há sempre montes de lugares em hora de ponta. Mas não sabes se a história é passada aqui... aliás... hora de ponta é um conceito recente, com 40 ou 50 anos... e aqui coloca-se a pergunta: Sabes quando é que a história acontece?
Bem...com este teu último comentário torna tudo mais imaginativo. Realmente podemos colocar esta história em qualquer altura ou espaço. Mas, sem querer, tenho estado a imaginar esta história no presente ano, em Londres, ele é o Clive Owen, ela é a Jennifer Aniston, continua amigo, está muito bem escrito.
ResponderEliminarSAF
Aceito. Mais ou menos. Quero dizer: eu não sei quando é que a história acontece. Onde acontece? Não sei. Não é descrito. Uso hoje, em Portugal. Tudo encaixa! Excepto aquele pormenorzinho irritantezinho dos lugares, um pormenor solto, deslocado, que anda ali de um lado para o outro, um verdadeiro impecilho que teima em acompanhar a história. Ou seja, eu preciso de um contexto (temporal/espacial) para encaixar esse pormenor, embora ele também possa ali estar para que eu me interrogue sobre, para me obrigar a pensar, para que através dele possa contextualizar, o que é muito mais difícil, e ainda não sei até que ponto necessário, mas como parto do princípio que tu sabes quando, e onde, se passa a história, vá, vou deixar-te continuar a história. Tens a minha autorização para continuar a história. Mas cuidado, ouviste?, olha que eu ando a ler-te!
ResponderEliminarLondres? Até pode (ou poderia?) ser... agora Portugal? Com neve? Talvez... talvez...
ResponderEliminarDesculpa lá estar a descascar isto! Deixei-me envolver pela história! :-)
ResponderEliminar