sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Deixa-me aqui


Deixa-me aqui, ao fundo das escadas. Não faz mal que chova. Encosta o carro e deixa-me sair. Não vês como estou ansioso? Quero que vejas como tapo a chuva com as mãos, como balanço em ziguezague pelos degraus molhados, como evito a face traidora do mármore, como saltito pelas esquinas seguras, sem medo de cair, por medo que gostes menos de mim, engulo degraus aos pares, aqui e ali, engulo famílias inteiras, e chego lá acima, vermelho, não sei porquê.

4 comentários:

  1. "mármome"? Caraças... no melhor pano cai a nódoa! Corrige lá essa cena, oh faxabor!

    Underground, mas muito bom!

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  2. obrigado! saiu mesmo cá de dentro, por isso também não sei do que se trata!
    (as vezes que revi a merda do texto!, e não dei pela palavra...)

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  3. Bem...grande Roquinho...algo completamente diferente. Gostei muito, está mesmo intimista.

    Abraço
    SAF

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  4. E basta olhar para as vezes que me masturbo para ver que sou mesmo intimista!! eheheh!!

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