
No dia seguinte voltou a sentar-se na mesma carruagem e mais ou menos no mesmo sitio onde se havia sentado no dia anterior. Não conseguia explicar, mas tinha a sensação que a iria ver novamente. Olhou em volta, para os lugares atrás de si, para o fundo da carruagem, e nada. Sentiu-se um pouco desapontado, e auto-ridicularizou-se por ter pensado que poderia voltar a encontrá-la. Olhou lá para fora, e o flocos brancos continuavam a emprestar às árvores o toque virginal da véspera. O lago, um pouco mais ao longe, reflectia o céu escuro, e deixava adivinhar mais frio para os próximos dias. Preparava-se para se entregar ao diálogo com os seus botões quando a viu sentada dois ou três lugares mais à frente. Não pode evitar o sorriso, que recebeu reflectido no dela. Não dava para perceber de onde vinha esta empatia, este jogo de olhares, mas ele gostava de o viver, e nunca estas viagens ao final do dia lhe pareceram tão curtas.
Estou a gostar, já tinhas isto escrito? É que acho que só há dias é que descobri "um ensaio qualquer..." enquando via o teu perfil, e aquilo é de 2006!, mas também reparei que acabaste muito depressa...
ResponderEliminarHmmm.. "Um ensaio qualquer" foi algo muito triste e depressivo que tive que abandonar rapidamente. Mas o formato é o mesmo... you got me! ;-)
ResponderEliminarIsto está a ficar muito bom, já começo a pensar o que irá acontecer, é quase uma serie onde aguardamos ansiosos pelo próximo episódio.
ResponderEliminarAbraço
SAF
Porra não vi esse ensaio