Nas profundezas do útero morno da floresta vivia um carvalho, uma bela e imponente árvore, uma árvore sólida e robusta, uma árvore tão majestosa e inamovível que, se isso não contrariasse o equilíbrio natural das coisas, poder-se-ia dizer que servia de ancoradouro ao sol. O carvalho era uma árvore admirada por árvores! Um dia, foi abatido. O tronco foi atirado ao rio e levado pela corrente. Uma fábrica processou a madeira e depois outra empresa adquiriu os lotes, transformando-os a seguir numa série limitada de caixões comemorativos.
“100 anos a enterrar os outros”, podia ler-se junto às pegas.
António depositava grandes esperanças no caixão. Deitado no seu interior, pensa: “Vou envelhecer com qualidade.”
Cum carvalho!!!
ResponderEliminarTu tens jeito Roquinho. Tu tens jeito.
ResponderEliminar