
Na tarde seguinte não se pôde sentar perto dela. Era um dia mais movimentado que o habitual, muito por força do fim de semana que se avizinhava. De qualquer forma, tinha uma vontade irresistível de continuar a conversa (ou o monólogo) do dia anterior. Era altura de sair na estação onde ela saia, pensou. Levantou-se depois dela (e de receber o seu habitual sorriso de despedida), mas guardou alguma distância... não queria assustá-la ou fazê-la pensar que era um tarado qualquer. Ainda dentro do comboio percebeu que, já do lado de fora, ela se dirigia a uma das escadarias que conduziam à estação. Precipitou-se, escada acima, instantes depois dela, mas quando chegou à ala principal não a viu. Em desespero ainda perguntou a duas ou três pessoas se a tinham visto, mas nada. Parecia que se tinha evaporado...
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