quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

25 de Fevereiro de 2008

1 ano...
12 meses...
52 semanas...
365 dias...

8766 horas...

525960 minutos...

31557600 segundos...



... nos Países Baixos

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Sinto a tua falta...


É engraçado como me lembro de ti, do teu brilho, do teu som, do teu aspecto... mas não me lembro do teu cheiro. A que cheiras? Quero lembrar-me, mas não consigo... Li um dia que não memorizamos cheiros... ficam imagens, sons, mas não nos lembramos dos cheiros. Quando mais tarde os sentimos recordamos, mas recordamos as imagens, os sons associados aos cheiros, mas nunca o inverso.

E contigo é isso mesmo. Sinto a tua falta, mas consigo recordar a tua imagem, lembro-me do bem que me fazes, do teu som, mas queria recordar o teu cheiro e não consigo... não consigo... E é angustiante, tão angustiante...

Enfim, as saudades que eu tenho de um belo cozido...!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Encontros (Parte VII)


"Olá" disse timidamente, com um tremor que raramente ouvia sair da sua própria voz. Ela respondeu com um sorriso terno, um olhar penetrante, daqueles que nos entram na alma e vão até ao fundo. Sem saber muito bem como continuar devolveu-lhe o sorriso, e emudeceu nela, nos cabelos em ondas louras sobre os ombros, nos olhos de mel mais brilhantes que o sol lá fora, nos lábios perfeitos onde poderia passar horas e horas. "O tempo já está mais quente, não é?" continuou depois... arrependendo-se de imediato pelo lugar comum meteorológico. Inebriado pelo sorriso mágico nem deu pela chegada da estação onde ela se levantou por fim. E ali ficou, parado, embalado pelo andar dela enquanto saia, aconchegado pelo calor que lhe invadia o corpo, a alma, tudo o que fazia parte de si. Nem se apercebeu a forma como as outras pessoas olhavam para ele, mas isso não importava. Tinham finalmente chegado à fala, e o melhor estaria ainda para vir.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Deixa-me aqui


Deixa-me aqui, ao fundo das escadas. Não faz mal que chova. Encosta o carro e deixa-me sair. Não vês como estou ansioso? Quero que vejas como tapo a chuva com as mãos, como balanço em ziguezague pelos degraus molhados, como evito a face traidora do mármore, como saltito pelas esquinas seguras, sem medo de cair, por medo que gostes menos de mim, engulo degraus aos pares, aqui e ali, engulo famílias inteiras, e chego lá acima, vermelho, não sei porquê.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Encontros (Parte VI)


Os dias que se seguiram encheram-no de desespero e frustração. Andava perdido, à procura não de se encontrar, mas de a encontrar a ela. Lá fora o tempo aquecia, e algumas árvores deixavam adivinhar alguns toques de verde nos galhos secos e castanhos. O branco que cobria o horizonte ganhou outra cor, e o sol, ainda envergonhado, espreitava agora menos timidamente por entre as nuvens. Apanhava comboios antes e depois, com destinos diferentes, na tentativa de a voltar a encontrar. E nada!
Um dia, sem que nada o fizesse esperar, lá estava ela, sentada no lugar de sempre, a olhar para a rua, parecendo deixar-se envolver pela cor que agora pincelava a paisagem. Teve de se conter para não correr para o lado dela. Respirou fundo, caminhou com calma mal disfarçada, e sentou-se mesmo à frente dela. O sorriso que recebeu em troca aqueceu-o mais que todos os raios de sol que brilhavam lá fora.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A Gramática no Barreiro

A gramática no Barreiro é própria. Existem determinadas construções frásicas que são específicas da zona, nomeadamente a substituição de alguns substantivos por...por nada.
As frases normalmente são compostas por um pronome, exemplo - Eu..., o verbo, exemplo - fui..., e depois, de uma forma brilhante, é deixado cair o substantivo, pois não está lá a fazer nada, exemplo - ...à da minha tia.

Desta forma, a frase - Eu fui à da minha tia - torna claro onde é que eu fui. Onde é que eu fui? Não sei, mas de certeza que foi à da minha tia, mas o quê? Continuo sem saber, mas também é pouco importante, o importante é que foi - à da minha tia. Será que fui à casa da minha tia? Não interessa.

Eu fui andar de.

Aqui está outro exemplo que exemplifica claramente onde é que andei. Onde é que andei? Não interessa, o que interessa é que - andei de - o resto é pormenor, informação irrelevante.

Portanto, caros amigos, aqui fica mais...Viram como a frase fica mais objectiva e clara se retirarmos todos os pormenores que não interessam.

Bem, agora vou-me embora que amanhã vou.

Despeço-me com amizade
SAF

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Tenta abstrair-te


Não é um dedo que vai entrar. É um dedo mágico que vai entrar. Um dedo de todas as cores, um dedo que rasga em arco-irís o ar que o separa de nós, que o separa de dentro de nós, um dedo mágico, um único toque, todas as cores do universo, todas ao mesmo tempo, cá dentro. Mas já não estamos ali. Caimos pelo tempo, atirados pelo tempo, para o colo de nossa mãe, para a segurança do núcleo, para o interior morno do ovo, selados pela pureza, estanques pelo amor, onde o homem mau não pode chegar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Objectivo 40

Completei hoje 37 anos. Já estou perto do meu objectivo, o meu quadragésimo aniversário. A partir dessa maravilhosa idade irei iniciar a minha 3ª fase sexual, sendo que a minha 1ª fase tem sido insistentemente e regularmente utilizada ao longo da minha existência.

As fases são simples. A 1ª fase é aquela que será utilizada durante toda a vida. É uma fase solitária. Poderá ser acompanhada com alguma imaginação ou com qualquer auxiliar visual. Esta fase passa por abraçar com uma das mãos, com as duas em certos casos, o orgão penetrador, enrolando os dedos à volta do mesmo, apertando-o com alguma firmeza para que não possa escapar. Aplicar suaves movimentos basculantes durante algum tempo... irá aperceber-se quando parar, talvez no inicio desta 1ª fase não saiba quando parar mas o sangue poderá servir de dissuasor.

Para a 2ª fase será sempre necessário uma outra pessoa. Poderão surgir algumas decepções perante a dificuldade de arranjar essa outra pessoa que poderão novamente resultar na utilização da 1ª fase. Essa dificuldade poderá ser tanta que poderá colocar-se a hipótese de não utilizar pessoas para esta 2ª fase, podendo recorrer-se aos animais de grande porte. É uma ideia estúpida, aconselhamos voltar à utilização da 1ª fase.
Quando finalmente se encontra uma pessoa na disposição de realizar esta 2ª fase connosco, a mesma passa por:
a) Utilizar todos os sentidos sensoriais existentes no ser humano com a outra pessoa, empregar principalmente o tacto, o olfacto e o paladar...o olfacto e o paladar poderão às vezes interromper esta 2ª fase, fazendo-nos voltar à 1ª fase.
b) Utilizar o orgão penetrador para entrar no canal que se estende do colo do útero à vulva. Para alguns orgãos penetradores será necessário não entrar na totalidade deste canal, pois poderá perfurar um pulmão.
c) Repetir movimentos basculantes com a bacia durante algum tempo, mais uma vez saberá quando parar.
A má prestação desta 2ª fase com a outra pessoa poderá levá-lo novamente à 1ª fase.

A 3ª e última fase é aquela que me espera. Poderemos tirar muito prazer desta fase. Deverá envolver duas pessoas, uma delas deverá ser sempre um profissional. Este profissional poderá levar alguma soma monetária ou poderá simplesmente não cobrar nada. Existirá, também, um orgão penetrador e outro penetrado, normalmente denominado - órgão glandular situado em volta do início da uretra. No inicio poderá parecer estranho mas rapidamente nos habituaremos. Esta fase normalmente só é repetida anualmente.

São assim os exames à próstata. Nos restantes dias, até ao próximo exame, poderemos utilizar a 1ª fase e utilizar a imaginação para relembrar a 3ª fase...com o profissional.

Despeço-me com amizade
SAF

p.s - faltam-me apenas 3anos

Encontros (Parte V)


Entrou na carruagem, sentou-se ao lado de onde ela se costumava sentar e esperou. Estava entusiasmado... sentia uma inebriante excitação juvenil, como uma criança que espera as 12 badaladas para abrir um presente na noite de Natal. Olhou em volta... nada! O vazio preenchido por desconhecidos, não deixando de ser vazio. Onde estás?, pensou. O comboio deixou a estação, e o desespero apoderou-se de si. Porque é que ela não estava? Logo hoje que tinha tomado a decisão de lhe falar... logo hoje... Será que se tinha sentado noutra carruagem? Levantou-se, percorreu o comboio de trás para a frente e vice-versa. Nada! Voltou a sentar-se, cabeça entre as mãos, triste, angustiado, olhos rasos de lágrimas. Como é que uma estranha, uma desconhecida, o podia afectar desta forma? Não sabia responder, mas podia... e afectava! E para si ela era já tudo menos uma estranha.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

SELEÇÃO NACIONAL

Acabei de encontrar a solução para a nossa seleção.
Pois que é simples, deixamos o Professor fazer a sua convocatória e a seguir, com um selecionador a sério, fazemos uma convocatória para a seleção B, por exemplo:
- Para jogar em losango

Moreira
(SLB)

Bosingwa--- Fernando Meira--- Manuel da Costa---Antunes
(Chelsea) ------ (Galatassaray) ------- (Sampdoria) ------ (Lecce)

Petit
(FC Koln)

Pedro Mendes -----------------Manuel Fernandes
(Glasgow)----------------------------- (Valência)

Um 10 naturalizado
(a seleção B tanbém tem esse direito)

Nuno Gomes---------------------- Postiga
(SLB) ------------------------- (Sporting)

Para um 4-3-3 podias ter o seguinte:

Moreira
(SLB)

Bosingwa--- Fernando Meira--- Manuel da Costa--Antunes
(Chelsea) ------ (Galatassaray) ------- (Sampdoria) ------ (Lecce)

Petit --------Manuel Fernandes

(FC Koln)------------ (Valência)

Um 10 naturalizado
(a seleção B tanbém tem esse direito)

Quaresma ------------ Nuno Gomes -----------------Boa Morte
(Chelsea)------------------- (SLB) --------------------- (West Ham)

Esta seleção B iria disputar os jogos de qualificação que, decerto seria um passeio até ao Mundial enquanto para a Seleção A arranjava-se jogos amigáveis contra seleções distritais.
O Professor ficaria todo satisfeito com os resultados e continuaria a pensar que realmente percebe de futebol depois de ganhar 1-0 à seleção do distrito de Beja, 2-1 à seleção do distrito de Aveiro e empatado 0-0 com o Mangualde.
Fica aqui a ideia.

Até uma próxima.

domingo, 8 de fevereiro de 2009


A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro. A Su faz anos a 5 de Fevereiro.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Encontros (Parte IV)


Num desses dias, a caminho da estação, achou que dos olhares deviam nascer palavras. Não conhecia o som da sua voz, o seu nome, apenas o brilho do seu olhar quando sorria, e embora isso já fosse suficiente para preencher todo o seu dia, era tempo, pensou, de acrescentar algo mais aos seus encontros mímicos. Ia encher-se de coragem e sentar-se onde ela normalmente se sentava, 2 ou 3 lugares mais à frente. Não ia ser fácil... nunca foi do tipo corajoso, principalmente no que tocava ao sexo oposto (nem ao resto), mas algo lhe dizia que neste caso poderia avançar, sem medo, que não iria ser recebido com negação. Não conseguia explicar porquê, mas o olhar dela dava-lhe essa garantia, e embora nunca tivesse tido muito sucesso na interpretação desse universo chamado Mulher, achava que estava na hora de dar o passo seguinte.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Encontros (Parte III)


E assim foram passando os dias, brindados pelos encontros ao final da tarde, compensadores de todos os aborrecimentos e atritos do dia-a-dia. Já não conseguia imaginar o seu dia sem a ver. Os fins-de-semana custavam agora a passar, porque a não via, e até a sexta-feira era agora um dia com menos brilho. Em compensação as segundas-feiras eram agora o melhor dia da semana, iniciando uma nova série de encontros, sorrisos, olhares cúmplices, empatia, magia, e outras coisas que ele não saberia explicar mesmo que quisesse.
Num desses dias, a caminho da estação, achou que dos olhares deviam nascer palavras...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Nuno Castro, were are you?...


Por onde andará o Nuno, no intervalo de fazer filhos, que nem vem ao bloguE, nem nada?

Encontros (Parte II)


No dia seguinte voltou a sentar-se na mesma carruagem e mais ou menos no mesmo sitio onde se havia sentado no dia anterior. Não conseguia explicar, mas tinha a sensação que a iria ver novamente. Olhou em volta, para os lugares atrás de si, para o fundo da carruagem, e nada. Sentiu-se um pouco desapontado, e auto-ridicularizou-se por ter pensado que poderia voltar a encontrá-la. Olhou lá para fora, e o flocos brancos continuavam a emprestar às árvores o toque virginal da véspera. O lago, um pouco mais ao longe, reflectia o céu escuro, e deixava adivinhar mais frio para os próximos dias. Preparava-se para se entregar ao diálogo com os seus botões quando a viu sentada dois ou três lugares mais à frente. Não pode evitar o sorriso, que recebeu reflectido no dela. Não dava para perceber de onde vinha esta empatia, este jogo de olhares, mas ele gostava de o viver, e nunca estas viagens ao final do dia lhe pareceram tão curtas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Upgrade

Se dúvidas restassem que a passagem do Sapo para o Blogger foi um upgrade, basta atentar no seguinte:
Tínhamos um Blog... agora temos um Blogue.. tem mais letras!

Ah pois é!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Quem está aí?..


Se o blog do Sapo nunca existiu, então quem é o fantasma de noite? Quem me puxa os lençóis para trás? Quem expõe uma fragilidade nua, encolhida, à violência do frio?

És tu, Sapo?

- Não, João. Sou eu.

- Zé Carlos? Passa-se alguma coisa?

- Não. Andava só por aqui.