sábado, 29 de outubro de 2011

duche

Uma inexplicável sobreposição entre A e Z obrigava todo o abecedário a dobrar-se em circunferência, e a ser lido como um relógio.

A e Z, apesar da sobreposição, mantinham-se naturalmente afastadas.

Desde sempre o abecedário fora uma linha recta, e em pontas opostas sabiam uma da outra apenas pelas  palavras que circulavam na corrente de letras. Na verdade, nunca se conheceram.

A sobreposição não invalidava que A tivesse mais proximidade com B, C, D e E, nem que Z sentisse o mesmo por X, V, U e T.

Mas não era por nada.
E era tudo com o maior respeito.

2 comentários:

  1. E o F? O F ainda hoje chora ter ficado de fora de Abecedário... sim!... quem é que decidiu que A, B, C e D serviriam para dar nome ao Abecedário, mas o F tinha que ficar de fora? Quem? QUEM, por Deus???

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  2. E quem decidiu que o "A" tinha que pertencer? Porque não o "." Porquê que o "." não pode ficar no inicio ou no meio ou no fim de uma frase? O Abcedário devia começar por: ". b c d e "

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