"Larga-me!". Só te queria impedir de saíres assim... acho que não merecemos. "Como é que conseguiste?". Vá lá... não chores assim que me dói. Também não saberia responder-te, mesmo que quisesse. Coisas de mulher, talvez. Sempre tive dificuldade em resistir a homens com carisma, com presença, com charme... enfim, homens! E agora tu já sabes. E logo da pior forma. "Nunca foi minha intenção magoar-te!" tentei dizer, mas o teu olhar ferido interrompeu-me ainda antes de começar. "Porquê? Posso ao menos saber porquê?". Lá estão os homens a tentar perceber razões onde elas não existem. É preciso motivos para amar? Eu pelo menos, com todos os homens que amei até hoje, nunca precisei de um. "Tantos sonhos... tantas recordações... e agora? Diz-me.. e agora?". Agora? Agora... sei lá! Eu sempre fui assim... tu é que nunca me conheceste, ou quiseste conhecer. Mas não quer dizer que não te ame... claro que nem vou tentar explicar-te o porquê (se é que há um porquê) de toda esta situação... e das outras que tu não sabes nem nunca saberás. "Não dizes nada? Vais ficar calada?". Podia dizer-te o que quer que fosse que tu não ias ouvir. Sim... não sou perfeita. Sim... não consigo seguir os limites da fidelidade (seja lá isso o que for) impostos por esta sociedade hipócrita. Mas olha... sou fiel! Ao amor! Mas isso tu nunca irias entender... "Vou-me embora! Não consigo olhar mais para a tua cara! Amanhã passo por cá, quanto tu não estiveres, para levar as minhas coisas." E pronto... lá vais tu, porta fora, sem sequer olhares para trás. Só tenho pena da ideia com que ficas de mim. Sou apenas humana, sabes? Apenas e só!
Mudaste só o sujeito, ou tentaste sentir-te mulher para escrever isto? (não estou a gozar :-) é só para perceber)
ResponderEliminarFoi escrito desde o início como sendo uma mulher a pensar... mas corri poucos riscos! ;-)
ResponderEliminarEu gostei...e muito. És uma gaja autêntica...eh!eh!eh!
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