quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Olha outro...

Lembro-me como se fosse hoje... chamado do banco nos minutos finais, já se ganhava por 4 ou 5, uma bola bombeada para a área, e a dúvida: "apanho antes de bater no chão ou depois? Antes ou depois?". Resolvo deixar bater... estúpido! O chão de terra batida está muito duro, a bola bate, ganha altura, e vai-me passar por cima. É indefensável... já foste! Mas não... ainda estou para perceber como, mas consigo dar uns 2 ou 3 passos atrás, salto por cima dos rins (ainda hoje me doem) e consigo tocar a bola por cima da barra, para canto. Ufff!!!

Este desgraçado já não teve a mesma sorte...


terça-feira, 29 de setembro de 2009

... no corredor dos produtos gourmet

Azeites gourmet, especiarias gourmet, vinho gourmet, tudo gourmet. Isto dos produtos gourmet veio mesmo para ficar. Primeiro uma tímida prateleira no fundo do supermercado, e agora já há corredores dedicados ao assunto. "Olá" interrompeu a voz atrás de mim. Virei-me, e o sossego que me acompanhava esfumou-se de imediato. "Olá Mariana", saiu-me, quase por instinto. "Por aqui?" continuou ela. Estava mais bonita do que antes... ou pelo menos do que das últimas vezes em que nos vimos. 2 anos? 3? Naquele momento percebi como as agruras da separação alteraram a forma como a via. Já para o final era apenas um obstáculo que eu queria transpor. Uma pedra no meu sapato, que magoava a cada simples passo que dava. Que me lembrava que estava ali. "Sim, estou a morar para estes lados. E tu?". É claro que estava farto de saber onde ela morava agora... e principalmente com quem estava. Os amigos comuns servem para isso mesmo... para nos trazerem à realidade, mesmo quando dela queremos fugir. "Eu moro aqui por trás. Mudaste-te há pouco tempo, não?". Queria parecer normal, descontraído, mas sabia que aqueles olhos azuis me escrutinavam o fundo da alma. Mesmo passado todo este tempo ela continuava a conhecer-me. A saber quem eu era. Por fora... mas principalmente por dentro. "Há umas duas ou três semanas" completei. Tinha o cabelo mais curto, mais tratado, e os óculos eram agora de assinatura. A vida devia ser bem melhor agora do que quando estávamos juntos. "Temos que ir beber um café um destes dias, ok?". "Claro!", respondi. "Gostei de te ver Pedro". "Fica bem!". E lá seguiu ela, pela sua nova vida... sem mim! E eu voltei a ficar sozinho... no corredor dos produtos gourmet.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O cálculo


Estou quase a ir morar para Lisboa. O passe do comboio acaba dia 7 de Outubro, não fosse isso, aqui ficaria, eternamente, a pagar € 350,00 euros de renda à mesma todos os meses, porque a mim é muito dificíl as pessoas enganarem-me.

Na verdade, tenho os próximos seis meses bem planeados. Faltam-me 15 dias para sair da casa dos meus pais. Até lá engordo 200 Kg. Fico assim com 269 Kg. É o suficiente para os próximos seis meses.

Naturalmente, isto envolve contas. Eu não sou perito em contas, mas o cálculo afigura-se-me por demais evidente:

269 Kg, a dividir por seis meses = 44, 83 Kg/mês

- portanto, posso perder até 44,83 Kg p/mês, é o ideal, mais também não -

Resulta então que os primeiros tempos não me preocupam. Não é saudável com a minha idade pesar 269 Kg. Não é saudável em nenhuma idade. Acho exagerado. A auto-estima encolhe-se, mórbido!, dobra-se infinitas vezes, mórbido nojento!, densa, tão pesada que deforma o próprio espaço-tempo, afunda-se no espaço-tempo, como se de alguma forma o amor-próprio fosse contraído à singularidade, e para estas merdas, prefiro não comer nada, já tinha avisado que era muito difícil enganarem-me, e o que realmente me preocupa um pouco, não posso negá-lo, é o último dia dos seis meses, quando tiver apenas 1 Kg e quiser conduzir até ao Laranjeiro.

Contudo, agora é necessário engordar. E como tenho pouco tempo, foi necessário voltar a fazer contas. Eu não sou perito em contas, mas o cálculo afigura-se-me por demais evidente:

200Kg, a dividir por quinze dias = 17,93 Kg p/dia

E a melhor maneira de ganhar 17,93 kg por dia (sem quimícos), a mais eficiente, é ingerir 17, 93 Kg de carne por dia. Só carne magra, claro. Para ser saudável. E não encher muito também. Outra coisa, é evitar cagar. Sinceramente, não vejo nenhum problema nisso. Toda a gente sabe que quando era miúdo, e estive na colónia de férias O Século, não caguei uma única vez durante 15 dias! A única coisa, é poder fartar-me de estar sempre a comer carne. Devo intervalar, substítuindo-a por banha.

Carne magra/Carne magra/Banha
Carne magra/Carne magra/Banha

PARABÉNS



Como o tempo passa.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Apenas e só! (parte 2)

"Larga-me!", gritei-te quando me tentaste agarrar. "Como é que conseguiste?". Como é que é possível alguém fazer o que tu fizeste? Só me apetece chorar, gritar... A tua boca queria falar, mas os teus olhos disseram mais do que todas as palavras que naquele momento me pudesses dizer. "Tantos sonhos... tantas recordações... e agora? Diz-me.. e agora?", continuei. E agora? O que vai ser de mim? Sem ti... O que queres que eu faça? Como queres que eu sobreviva a isto? "Não dizes nada? Vais ficar calada?", acusei, na tentativa vã de me dizeres que era mentira... que tudo não passava de um gigantesco mal entendido. Mas não, e não aguentei mais. "Vou-me embora! Não consigo olhar mais para a tua cara! Amanhã passo por cá, quanto tu não estiveres, para levar as minhas coisas.", foi a última coisa que consegui dizer antes de sair porta fora... sem sequer olhar para trás. E o que me custou não olhar para trás, sabes? Deixei uma parte de mim (a mais importante?) para trás daquela porta, e não sei quando poderei recuperar, quando e como é que vou prosseguir. Isto é tudo demais para mim. Sou apenas humano, sabes? Apenas e só!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ala Direito

Apenas me lembro destas duas opções para o lado direito, lembro-me de alguns cromos tipo Taument, Paulo Jorge e Alex, se alguém se lembrar de mais alguma é só dizer.



Votem meus amigos

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Apenas e só!

"Larga-me!". Só te queria impedir de saíres assim... acho que não merecemos. "Como é que conseguiste?". Vá lá... não chores assim que me dói. Também não saberia responder-te, mesmo que quisesse. Coisas de mulher, talvez. Sempre tive dificuldade em resistir a homens com carisma, com presença, com charme... enfim, homens! E agora tu já sabes. E logo da pior forma. "Nunca foi minha intenção magoar-te!" tentei dizer, mas o teu olhar ferido interrompeu-me ainda antes de começar. "Porquê? Posso ao menos saber porquê?". Lá estão os homens a tentar perceber razões onde elas não existem. É preciso motivos para amar? Eu pelo menos, com todos os homens que amei até hoje, nunca precisei de um. "Tantos sonhos... tantas recordações... e agora? Diz-me.. e agora?". Agora? Agora... sei lá! Eu sempre fui assim... tu é que nunca me conheceste, ou quiseste conhecer. Mas não quer dizer que não te ame... claro que nem vou tentar explicar-te o porquê (se é que há um porquê) de toda esta situação... e das outras que tu não sabes nem nunca saberás. "Não dizes nada? Vais ficar calada?". Podia dizer-te o que quer que fosse que tu não ias ouvir. Sim... não sou perfeita. Sim... não consigo seguir os limites da fidelidade (seja lá isso o que for) impostos por esta sociedade hipócrita. Mas olha... sou fiel! Ao amor! Mas isso tu nunca irias entender... "Vou-me embora! Não consigo olhar mais para a tua cara! Amanhã passo por cá, quanto tu não estiveres, para levar as minhas coisas." E pronto... lá vais tu, porta fora, sem sequer olhares para trás. Só tenho pena da ideia com que ficas de mim. Sou apenas humana, sabes? Apenas e só!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Afinal...

... a Dinamarca empatou. E não fossem os Malteses tão burros e a Suécia tinha também empatado.

Pelo menos a hipótese de arranjinho foi posta de lado. Se não formos é porque não merecemos e pronto!

Em Outubro há mais. Até lá, como diria o Torres:
"Deixem-me sonhar!"

... isto antes do Alzheimer. Agora diria:
"Quem és tu? Paizinho?"

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Contas e mais contas...

Estava aqui a pensar que se a Dinamarca amanhã empatasse na Albânia (a Suécia fez o mesmo), e perdesse com a Suécia e com a Hungria (nada do outro mundo)... e Portugal ganhasse os jogos todos até final (aqui já é sonhar alto, porque jogamos com a Hungria e com Malta, esses colossos...), assim como a Suécia (joga em Malta, na Dinamarca e em casa com a Albânia)...

... passavam Suécia e Portugal. E o que eu me ria....!!!

Mas pronto, a Dinamarca ganha amanhã na Albânia, e depois vai haver arranjinho (como em 2004) entre a Dinamarca e a Suécia para passarem os 2... e lá se vai o Mundial! Só espero que corram com o Queirós(z), mas acho que não temos essa sorte!!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Preto no branco

Na minha banheira branca vive uma aranha preta. Uma aranha preta pequenina. No outro dia perguntou-me as horas. "Nunca tomo banho com o relógio no pulso", respondi-lhe.
A aranha preta não tem pelos. "Depilação definitiva" respondeu-me, com alguma vaidade, quando lhe perguntei. Não tem manchas amarelas, nem um olhar ameaçador como as aranhas peneirentas dos filmes. Limita-se a ser como é.. uma aranha preta, pequenina, numa banheira branca.
Preparou-me um lanche ontem à tarde. Mosca morta, e escaravelhos sem pernas. "Uma especialidade!", afirmou.
Está enamorada do aranhiço que habita no canto escuro da despensa. Já me disse para lhe dar uma palavrinha. A ver se um dia destes me lembro... logo agora que tenho andado tão ocupado.

Seleção Nacional - Análise - Parte I

Esperança

Pois queria deixar aqui bem claro que ainda tenho esperança na qualificação da seleção nacional para o Mundial 2010 na Africa do sul, inclusivé até acho que vai ser bastante fácil, passo a explicar:
-Ganhamos os próximos dois jogos e no último só temos de ganhar 120-0 a Malta e a Suécia perder com a Albânia 50-44, levar sete amarelos e três vermelhos para ganharmos no desempate por fair-play.
Como podem ver caros amigos, optimismo é o que não me falta.
Só espero que as altas autoridades do desporto estejam atentos ao último jogo da Suécia contra a Albânia, pois, parace que estou a ver os Albaneses a ganharem só por 49-44 e depois virem dizer que deram o máximo e que não houve "arranjinho" nenhum.
Ficarei atento.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tenho de ir

"Tenho de ir..." disse com a voz afogada em lágrimas. "Eu sei pai. Eu sei... é o teu trabalho. Só te quero dizer que gosto tanto de ti... tanto!" responderam os olhos castanhos brilhantes. "Compreendes que eu faço isto por vocês? Por ti... pela mãe... pelo mano. Percebes isso?", "Claro pai. Quando for grande também quero ser como tu.", "Não filho... não sejas. Há tantas outras coisas para fazer, meu amor.", "Eu sei pai, mas quero... entendes? É isso que eu também quero para mim!", "Pronto... não te vou contrariar. Tu, quando cresceres, vais saber o que é melhor para ti.".
O abraço silencioso que se seguiu continha mais sentimento do que todas as palavras de todas as línguas da terra. Choraram agarrados perante o destino que a vida lhes tinha guardado. "Toma bem conta deles, está bem?", "Até breve pai...". E o homem pegou na mala e saiu em silêncio.

Nessa tarde, um grito ecoou alto nos corredores de um centro comercial de Tel-Aviv... "Allahu Akbar! Allahu Akbar!", seguido de uma explosão arrasadora.